quarta-feira, 10 de julho de 2019

CONFRONTANDO O MUNDANISMO NA IGREJA



O Departamento de Escola Bíblica e Educação Cristã da COGIC no Brasil tem a honra de apresentar a nova Revista do 3º Trimestre 2019, com o tema: “CONFRONTANDO O MUNDANISMO NA IGREJA”, Estudo da 1ª Epístola aos Coríntios.

Nesta época tão marcada pela carnalidade e apostasia, convém à IGREJA DE DEUS EM CRISTO no Brasil estar apologeticamente posicionada contra o secularismo que assedia as igrejas.

Estamos certos de que o próximos trimestre das Escolas Bíblicas em nossa Jurisdição será empolgante.


Superintendente,
Pr. Enéas Ribeiro

sexta-feira, 29 de março de 2019

NOTA DE CONDOLÊNCIAS



Nesta ocasião o Departamento de Educação Cristã e Escola Bíblica da Igreja de Deus em Cristo no Brasil, homenageia a memória do saudoso Elder Marcos Rodrigues, que presidiu este Departamento por vários anos, de maneira íntegra e dedicada, como um referencial não somente de lisura teológica e eloquência, mas também como honrado pai de família.
Lembraremos sempre de seu fervor apologético e zelo doutrinário, o que o tornava intolerante com toda e qualquer forma de heresia ou desvio da sã doutrina.
A COGIC no Brasil deve honrar seus pioneiros e heróis, que labutaram na transição desta igreja para a grandeza em solo pátrio.
O nome Marcos Rodrigues estará gravado para sempre nos memoriais de nossa Igreja, especialmente em nosso "Hall da Educação".
Aqui choramos, mas o céu celebra a entrada de um salvo dedicado na Ceara do Senhor.
Expressamos nosso sincero pesar à família enlutada e nos dispomos em oração pelo divino consolo e no mais que for necessário.

ATÉ BREVE ELDER MARCOS!


Pr. Enéas Ribeiro

segunda-feira, 4 de março de 2019

NOVIDADES PARA 2019


À todos os pastores, professores, superintendentes e alunos na Escola Bíblica na Jurisdição do Brasil, saudações no precioso Nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Após um marcante recomeço em nosso Departamento Jurisdicional de Escola Bíblica na Santa Convocação de 2016, com o lançamento da 1ª Revista Oficial de Escola Bíblica da Igreja de Deus no Brasil, estamos entrando numa nova fase mais organizacional e estrutural do Departamento.

Tendo lançado três revistas quadrimestrais, entregando na AIM (Janeiro) e na Santa Convocação (Julho), agora estamos prontos e entusiasmados com o novo formato de nosso material didático.
Estamos lançando na Santa Convocação Jurisdicional 2019 o novo “CADERNO DE EBD 2019”, que à partir de agora será entregue anualmente, sempre em nossa Santa Convocação.

O Caderno anual é composto por QUATRO TEMAS (tradicional formato trimestral) com treze lições cada, seguindo o calendário letivo do ano vigente, a fim de promover a o estudo harmonioso e simultâneo de todas as nossas igrejas no território nacional e nos países de língua portuguesa ao longo do ano.

Além disso, visando o preparo bíblico e teológico de nossa irmandade COGIC, damos também início ao novo modelo pedagógico, no qual em cada CADERNO ANUAL o aluno terá acesso nos temas propostos, a quatro ramos de classificação da Doutrina: (1) Teologia Histórica; (2) Teologia Dogmática; (3) Teologia Bíblica; e (4) Teologia Sistemática. Por exemplo: Neste ano, nossos quatro temas são:

HISTÓRIA DA IGREJA (teologia histórica)
DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO (teologia sistemática)
1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS (teologia bíblica)
ESCATOLOGIA PENTECOSTAL (teologia dogmática)

Nossa visão é: “formar teólogos na Escola Dominical
Os membros da Igreja de Deus em Cristo serão o povo mais biblicamente instruído entre todas as denominações.

Estamos também a cada ano reunindo uma equipe de comentaristas hábeis e capacitados para fornecer a nossa Jurisdição um material didático de altíssima qualidade.

PREPARE-SE, SUA NOVA EXPERIÊNCIA COM A ESCOLA BÍBLICA SERÁ TRANSFORMADORA!


Pr. Enéas Ribeiro,
Presidente do Departamento

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

PIEDADE E AUTO AFIRMAÇÃO (Lição 6 por Enéas Ribeiro)

PRÉVIA DA PRÓXIMA REVISTA DE ESCOLA BÍBLICA DA COGIC BRASIL

TEXTO ÁUREO

Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
(Filipenses 2:3)

VERDADE APLICADA

A verdadeira piedade não combina com a autoafirmação. O altruísmo é a marca do verdadeiro cristão.

ESCRITURA BASE

E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.” (Lucas 10:25-37).

INTRODUÇÃO

A característica essencial da verdadeira piedade é a humildade. É uma das nove qualidades do fruto do Espírito (Gl 5:22). É o maior legado espiritual deixado por Jesus Cristo aos seus seguidores (Mt 11:29).
Humildade não combina com autoafirmação. E neste século tão competitivo e egocêntrico, jamais o ser humano se auto afirmou com tanto ímpeto, seja em sua natureza (antropocentrismo), ou como indivíduo (egocentrismo).
A parábola do Bom samaritano traduz o coração e a vontade de Deus quanto a piedade altruísta. O altruísmo por definição é o antônimo do egoísmo. É a qualidade de se importar sinceramente com o próximo acima de si próprio.
Cristãos verdadeiramente piedosos são profundamente humildes, e nesta lição, trataremos da verdadeira natureza deste fruto do Espírito.

1.     A MOTIVAÇÃO ALTRUÍSTA

O que motiva nossas boas obras? Devemos responder essa pergunta para nós mesmos, pois sua resposta revelará nosso coração. O genuíno cristianismo implica no cuidado do próximo mesmo em detrimento de si mesmo, ou seja, para o cristão de verdade, nada diz respeito a si mesmo, mas sim ao bem estar do próximo.
A piedade é revelada por uma atitude sacrificial de amor. Conhecemos o amor nisto: que ele [Jesus] deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.” (1 João 3:16).
Os relacionamentos só são sólidos e saudáveis quando há mútua renúncia e doação.
Esta piedade altruísta é o sustentáculo do casamento. Não se casa para ser feliz, se casa para fazer feliz. Em qualquer relacionamento piedoso, nosso anelo deve ser o de fazer as pessoas felizes sem esperar reciprocidade. No âmbito natural e no conceito deste mundo, parece injusto, mas a verdadeira justiça está nos princípios do Reino de Deus, e nossa real recompensa está Nele.
Esta piedade deve nortear todos os níveis de relacionamento: marido e mulher, pais e filhos, discípulos e mentores, patrões e empregados, amigos...
Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.” (Filipenses 2:4).

2.     FAZENDO PARA A PESSOA CERTA

A piedade verdadeiramente altruísta, não somente faz pelo próximo como também, faz em primazia para a Pessoa certa: DEUS. A única maneira de não nos frustrarmos pela falta de reciprocidade do próximo é esperar somente em Deus, fazendo tudo Nele, por Ele e para Ele. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31).
Neste século marcado por um espírito tão patente de rebelião e insubordinação, a Palavra de Deus nos confronta à obediência às autoridades, como ao próprio Cristo: “Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo.” (Efésios 6:5). Se trabalhamos somente por aumentos e promoções jamais experimentaremos a excelência. Se nossa dedicação está condicionada ao reconhecimento humano, jamais veremos a promoção e o favor de Deus. “Viste o homem diligente [dedicado] na sua obra [no seu trabalho]? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior.” (Provérbios 22:29).
Cristãos piedosos honram líderes e autoridade constituídas (Rm 13: 1-2; Cl 3:22; 1 Tm 6:1-2; Tt 2:9)
Os senhores também devem nutrir um sentimento de serviço aos seus servos (Ef 6:9; Cl 4:1).
A questão do piedoso altruísmo cristão não somente o que fazemos, mas para quem fazemos. E Deus deve ser o alvo de nossa devoção, trabalho e dedicação em tudo.

3.     QUATRO ORIGENS DA INIQUIDADE

Parece paradoxal declarar que o mal nasceu no ambiente do bem. Mas na verdade, aquilo que conhecemos como Pecado, não teve sua origem na Terra, mas sim, no Céu. Foi no coração de um Querubim (anjo) de alta patente celestial que brotou o primeiro pecado: ORGULHO. E Palavra de Deus numa alegoria profética do profeta Ezequiel, nos revela as quatro origens da Iniquidade em Lúcifer (Ez 28:11-17).
O interessante é que as coisas que geram o pecado não são pecado, e são: (1) Sabedoria; (2) Beleza; (3) Posição; e (4) riqueza.
(1)  SABEDORIA. ...Tu és o aferidor de medida, cheio de sabedoria...” (v. 12b)
Sabedoria; esta maravilhosa dádiva de Deus, que deveria ser uma coroa de honra para benefício do próximo, muitas vezes se torna, no coração de alguns, a raiz da iniquidade. Mesmo Salomão se viu envaidecido e embriagado por tudo o que a sabedoria o fez alcançar. Existem dois tipos de sabedoria, a sabedoria de Deus que é dada, e sabedoria da natural que é adquirida, e esta última é a que pode corromper. Lúcifer possuía a sabedoria divina, porém se estribou na própria sabedoria (Pv 3:5).

(2) BELEZA. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor...” (v. 17a)
Apesar do conceito grego hedônico de beleza, cada grupo étnico possui um padrão de beleza peculiar. A beleza não é pecado, mas o moderno culto à estética e ao “belo” tem desviado cada vez mais a nossa sociedade da piedade. Essa atitude narcisista está presente em todos os seguimentos sociais, até mesmo no religioso (Pv 7:10; 1 Tm 2:9). É interessante ressaltar que ao encarnar, o Cristo não primou por este padrão grego de estética, frustrando o messianismo como objeto de desejo, pois, “não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.” (Isaías 53:2).
Lúcifer possuía tal beleza, e a mesma o corrompeu.

(3) POSIÇÃO. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo estavas...” (v. 14)
As guerras e conflitos da atualidade e a desleal competitividade profissional tem um alvo comum: POSIÇÃO. O ser humano seduzido por sua própria vaidade busca se promover em detrimento da integridade alheia, e isto no âmbito profissional, acadêmico, artístico, desportivo, e até religioso.
Como supremo modelo da piedade altruísta, Nosso Senhor Jesus abdicou de sua posição soberana para se dedicar ao serviço em favor do próximo. Desceu posições até o mais baixo possível: Da glória celeste ao ventre de Maria, e daí à condição de filho subordinado ao homem, depois a funcionário de carpintaria, ao serviço de doze homens e das multidões, a réu no sinédrio, condenado de cruz, ao sepulcro, e às partes mais baixas da terra.
Este sentimento de Cristo deve permear o nosso coração. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:5-8).
Lúcifer sucumbiu às riquezas que possuía.

(4) RIQUEZA. ...toda pedra preciosa era a tua cobertura...” (v. 13)
O dinheiro, o vil metal. Cujo amor é declarado pela Palavra de Deus como a raíz de toda espécie de males (1 Tm 6:10). Assim como sabedoria, beleza e posição, não é pecado possuir dinheiro, ao contrário, neste plano material, ele responde por tudo (Ec 10:19b). Mas no mesmo livro Salomão declara: “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda...” O dinheiro é o ídolo que tenta fazer frente ao Deus verdadeiro (Lc 16:13) (Eclesiastes 5:10). O dinheiro foi a perdição do apostolo Judas, tesoureiro do ministério de Jesus (Jo 12:6).
Muitos casamentos falem pela busca de mais dinheiro. Muitas famílias se destroem pela busca de mais dinheiro, muitas empresas quebram pela busca de mais dinheiro.
A busca pelo dinheiro não pode nos privar daquilo que é o melhor da vida: a família, os filhos, a contemplação. (Ec 2:24; 9:9).
As incontáveis riquezas que Lúcifer possuía corromperam seu coração.

4.     LIBERTOS DA VANGLÓRIA E DA AUTOPROMOÇÃO

Sim, o homem como nunca antes está de vangloriando e se auto promovendo. Você já teve a deprimente e constrangedora experiência de conversar com alguém que somente conta vantagem, que laureia seus próprios méritos e realizações? Nada pode ser tão pequeno. O homem piedoso e altruísta está sempre preocupado em celebrar as qualidades e conquistas alheias. “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Filipenses 2:3). Este cristão também não inveja e não se deixa levar por vanglórias de outrem para também se vangloriar. “Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.” (Gálatas 5:26).
Em nosso século midiático e refém das redes sociais as pessoas encontraram sua tão sonhada plataforma de autopromoção. Cada tolo pensamento “tem que ser publicado”. Publicidade é a palavra de ordem. Claro que não podemos negar que se constitui uma ferramenta extraordinária de evangelização e edificação; afinal, imagine o apóstolo Paulo de posse de instagram, facebook e whatsapp!
Há tantas coisas que não edificam, e o nosso compromisso cristão deve ser com a edificação, e não com tolices e futilidades.  “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” (Efésios 4:29). Ler também Efésios 5:3-4.
O piedoso e altruísta não exagera a publicidade em si, mas em sua fé. Em 1904, no maior reavivamento nacional da era moderna, no País de Gales, o maior nome do mover foi o jovem Evan Roberts de 23 anos, que se negava a estar em fotografias e entrevistas, temendo usurpar a glória de Deus como autor do avivamento. Em nossa era isso seria muito extremo, mas poderíamos, no mínimo ser menos personalistas e performáticos na publicidade. Nosso modelo como sempre é Jesus. “Mas Jesus, ... afastou-se dali. Muitos o seguiram, e a todos ele curou. Advertindo-lhes, porém, que o não expusessem à publicidade.” (Mateus 12:15-16 - VRA).
Os próprios irmãos de Jesus o instigavam para se tornar mais emblemático nas “redes sociais”, e ele não repudiou de todo a ideia, mas disse: “Ainda não é chegado o meu tempo” (Mateus 7:3-6). Não se promova porque todos o fazem, promova quando você estiver cheio da coisa certa, e no tempo certo para não ser mais um.

CONCLUSÃO

Eis a razão de nossa geração ser tão profana e irreligiosa. Os valores de Deus foram substituídos por valores humanistas. O livre curso da iniquidade esfriou a caridade no coração humano (Mt 24:12). O homem agora se ostenta e usurpa a posição de “centro do Universo”.
Mas nós, a Igreja, precisamos nos voltar para a Palavra de Deus e para o supremo modelo de Cristo Jesus.
Nosso “EU” deve ser definitivamente crucificado para que vivamos plenamente a Vida de Cristo, em todo o seu poder, virtude e influência. Somente a Igreja, como comunidade altruísta, tem o poder de transformar esta sociedade ególatra, egocêntrica e egoísta. Vamos renovar nossas mentes e nos transformar para transformar nossos contextos.
Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.” (Mateus 16:24).

QUESTIONÁRIO

1.     DEFINA ALTRUÍSMO.
2.     EM QUE IMPLICA O VERDADEIRO CRISTIANISMO?
3.     COMO JESUS SE POSICIONOU EM RELAÇÃO À SUA PUBLICIDADE?
4.     CITE AS QUATRO ORIGENS DA INIQUIDADE.
5.     PARA QUEM DEVEMOS FAZER E NOS APRESENTAR? JUSTIFIQUE.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

PIEDADE E PRAZER

Lição 17
2ª Revista de EBD da COGIC Brasil


TEXTO ÁUREO

Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.
(Salmos 16:11)

VERDADE APLICADA

A verdadeira piedade consiste em encontrar o prazer no Senhor em detrimento dos prazeres terrenos.

ESCRITURA BASE

Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.
(Salmos 1:1-6)

INTRODUÇÃO

A piedade em nosso século tem sido substituída pela auto satisfação. Os homens e mulheres piedosos são marginalizados pela “sociedade do prazer”, pois de dedicam a viver um estilo de vida cristão. “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” (2 Timóteo 3:12). Prazeres são um aspecto secundário na vida de um cristão, pois sua piedade o faze priorizar o Reino e a Justiça de Deus (Mateus 6:33).
O sábio Salomão declara: “O que ama os prazeres padecerá necessidade...” (Provérbios 21:17).
Nesta lição estamos estudando a relação equilibrada entre a piedade e o prazer.

1.     CRIADOS PARA O PRAZER

Deus não criou o homem somente para o trabalho e o cumprimento de um propósito cósmico, mas também para o prazer e o deleite. Ao cria-lo, Deus o colocou em um jardim chamado ÉDEN,       que significa “lugar de prazeres” ou “lugar de delícias”. Todo nível de satisfação estava à disposição do primeiro casal (Adão e Eva), o melhor clima, os alimentos mais deleitosos, uma vida sexual abundante e sem culpa.
Deus presenteou nosso cérebro com maravilhosas sensações de prazer. Quando vivenciamos uma situação de prazer, nosso cérebro libera, na área tegmental ventral (VTA), um neurotransmissor chamado dopamina.

Os neurotransmissores são substâncias químicas que enviam informações para as células cerebrais. A dopamina é então enviada para as seguintes áreas:

Amígdala: é a estrutura que controla as reações emocionais e aprende informações emocionalmente importantes, também está associada a excitação e atividade sexual
Núcleo accumbens: controla suas funções motoras, área que te faz roubar outro brigadeiro da mesa.
Córtex pré-frontal: ajuda a focar sua atenção naquilo que está te dando prazer
Hipocampo: área responsável pela formação de memórias, dessa forma podemos memorizar as coisas que nos causam prazer.
Essas áreas formam o sistema de recompensa, causando assim, uma ótima sensação que reforça o estímulo que causou o prazer.

Assim, é fácil de reconhecer: o prazer não produto do Pecado, é uma dádiva de Deus para a sua preciosa criação. Dentro de seus parâmetros, Deus que quer que tenhamos prazer.

2.     LIVRES DA MENTALIDADE HEDÔNICA

Ao dizer que Deus nos criou para o prazer, não estamos determinando o supremo propósito da criação, mas sim uma dádiva divina a mesma.
Não podemos restringir a criação divina ao seu sistema neural de recompensa. Pois fazer tal afirmação é ratificar o HEDONISMO, a antiga filosofia grega desenvolvida por Aristipo de Cirene (435-335 a.C.), que exalta o prazer como o bem supremo, finalidade e fundamento da vida moral. Segundo ele, o prazer, independentemente da sua origem, tem sempre a mesma qualidade e o único caminho para a felicidade é a busca do prazer e a diminuição da dor. Ele afirma inclusive que o prazer corpóreo é o próprio sentido da vida. Outros defensores do hedonismo clássico foram Teodoro de Cirene e Hegesias de Cirene.
Mesmo tendo existido muito antes da antiga Grécia, Sodoma já era uma sociedade hedônica. Acerca da verdadeira natureza de seu pecado está relatado na Palavra de Deus:
Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado. E se ensoberbeceram, e fizeram abominações diante de mim; portanto, vendo eu isto as tirei dali.” (Ezequiel 16:49,50).
A busca pelo prazer sempre é em detrimento da necessidade e dos sentimentos alheios, assim, o hedonismo é egoísta e egocêntrico.
A sociedade ocidental moderna é profundamente influenciada por essa filosofia. Somo uma sociedade hedônica, e a única forma de escapar desse império sócio-psico-cultural, é a entrada no Reino de Deus, cujos valores e princípios são totalmente diferentes. E é somente através do Novo Nascimento que podemos entrar na realidade deste Reino (João 3:3-7), e vencer os deleites humanos que conservam o mundo no caos. “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” (Tiago 4:1). Não há meio termo, ou somos amigos dos prazeres ou somos amigos de Deus (2 Timóteo 3:4).

3.     PARÂMETROS DIVINOS DO PRAZER

Como já dissemos, os mecanismo mentais do prazer foram criados por Deus, mas precisamos considerar algo: A área do cérebro chamada “córtex pré-frontal dorsolateral” é o fator regulador e disciplinador do homem; essa região tinha pleno funcionamento antes da Queda de Adão, mas após a Queda, o cérebro humano que operava com potencial de 100% (Eclesiastes 7:29), agora, segundo os cientistas, atinge no máximo 10% deste potencial original (nos superdotados). E com o amortecimento desse córtex pré-frontal dorsolateral, a necessidade humana da dopamina aumentou consideravelmente. Esse córtex era o parâmetro divino do prazer, mas agora, os parâmetros são ditados pela lei moral.
Somente através do Novo Nascimento e da regeneração pelo Espírito Santo, podemos viver e andar segundo o homem interior à imagem de Deus, e não segundo os sentidos físicos que foram corrompidos pela Queda (2 Coríntios 11:3; 2 Pedro 2:13; 2 Tessalonicenses 2:12). Estes fatos nos dão melhor compreensão de Romanos 12:2.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
O “mundo” é o sistema corrompido estabelecido à partir da Queda, o qual molda do ser humano nascido de mulher, tornando-o produto desta corrupção. Essa transformação proposta pelo apóstolo Paulo somente é possível porque em Cristo temos um novo espírito com uma mente que precisa ser exercitada (1 Coríntios 2:16). Mas Paulo começa com rogos dizendo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12:1). É por meio da disciplinada subjugação do corpo (1 Coríntios 9:27) que saímos do “molde” deste mundo e iniciamos o processo de renovação da mente e transformação do ser.
Estes parâmetros de Deus para o prazer se resumem no fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” (Gálatas 5:22).
Note que os prazeres desordenados e ímpios são na verdade uma deturpação de prazeres lícitos. Comer não é pecado, glutonaria sim; Sexo não é pecado, mas sim adultério, fornicação, homossexualismo...

4.     ENCONTRANDO O PRAZER EM DEUS

Assim era no Éden, o maior prazer de Adão e Eva estava em sua comunhão com Deus. Sua presença na viração do dia (Gênesis 3:8a) era um evento literalmente apoteótico e renovador, cujo deleite não poderia ser superado por qualquer sensação ou mesmo por um clímax sexual. O êxtase desse encontro diário acentuava a glória do casal e promovia um novo “download” de conhecimentos cósmicos e eternos que a ciência moderna não poderia mesurar. Foi isso que tornou o Pecado tão ofensivo e hediondo, trocar o prazer dessa intimidade por uma fruta (Gênesis 3:11).
Mas Deus deixou ainda ao homem, na Antiga Aliança, o meio pelo qual desfrutar, ainda que parcialmente, desse abundante gozo e delícias que não cessam.
Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.” (Salmos 16:11)
Mas é a Nova Aliança em Cristo Jesus que essa comunhão e prazer são potencializados pela habitação do Espírito Santo em nós (2 Coríntios 13:13; Colossenses 1:26-27).
É o prazer em Deus através da oração que nos leva a ter prazer na lei de Deus.
Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Salmos 1:2).
E agora, em Cristo, tendo nosso homem interior recriado (2 Coríntios 5:17) e vivificado (Efésios 2:5-6) pelo Espírito Santo (Romanos 8:11), temos prazer na lei de Deus. “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus...” (Romanos 7:22)

CONCLUSÃO

Nossa geração clama por homens e mulheres piedosos que estejam dispostos a abdicar dos prazeres temporais para viver as delícias da intimidade com Deus, a comunhão com o Seu Espírito (2 Coríntios 13:13).
Nossa gestão de tempo revela nosso real prazer. O tempo do homem moderno sucumbe diante de entretenimentos, lazeres, redes sociais, futilidades... e estes estão relegados a mediocridade diante de Deus. Mas aqueles que diligentemente disciplinarem seu tempo na comunhão com Deus (Salmo 55:17; Daniel 6:10; ), verão o poder, o favor e a promoção de Deus em suas vidas (Provérbios 22:29).
Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.” (Efésios 5:14-16).

QUESTIONÁRIO

1.     O QUE É O HEDONISMO?
2.     O QUE SIGNIFICA ÉDEN?
3.     O QUE ACONTECERÁ COM O QUE AMA OS PRAZERES? CITE UMA ESCRITURA.
4.     O QUE É O “MUNDO”, SEGUNDO ROMANOS 12:2?
5.     COMO ENCONTRAR O PRAZER EM DEUS?

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A VERDADEIRA PIEDADE (Prévia do Próximo Quadrimestre)




TEXTO ÁUREO
E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.” (1 Timóteo 3:16)

VERDADE APLICADA
A verdadeira piedade está e emana única e exclusivamente na Pessoa de Jesus Cristo.

ESCRITURA BASE
E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;
E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido...
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
(Mateus 5:1-18, 48)

INTRODUÇÃO

         A saga da Vinda de Cristo à Terra é a expressão máxima da piedade, pois revela o coração do próprio Deus, de onde emana a verdadeira piedade.
Jesus Cristo personificou o conceito de piedade, sendo Ele mesmo o Deus-Homem. Ele nos revelou o coração piedoso de Deus, o Pai, em suas atitudes e palavras, demonstrando ao mundo um novo, maravilhoso e único estilo de vida que deve ser vivido pela humanidade. Sim, PIEDADE pode, dentre outras definições, ser conceituada como “O ESTILO DE VIDA DIVINO”, que foi tornado possível para o homem pela obra do Espírito de Deus que habita todo aquele que reconhece e crê em Jesus Cristo como Seu Salvador e Senhor de suas vidas. Isto é um legítimo “cristão”, a nova e definitiva expressão da verdadeira piedade.
         Nesta lição, analisaremos aquele que pode ser considerado o texto áureo da piedade. O texto paulino de 1 Timóteo 3:16, que disseca a essência da piedade na trajetória gloriosa do Cristo, Jesus.

1.     MANIFESTADO NA CARNE

Este é talvez o maior dos mistérios ocultados no A.T. e aos santos da Antiga Aliança (Cl 1:26-27), a encarnação do próprio Deus, a Palavra criadora do Universo manifestada em carne. O célebre filósofo grego Heráclito, expôs o conceito do “LOGOS”, no qual em síntese, ele atribui todas as coisas existentes a uma fonte subjetiva e abstrata chamada “A PALAVRA” (logos em grego). Este conceito era prevalecente no pensamento antigo na época de Jesus. E foi João, que ao escrever seu evangelho propaga a “bombástica” notícia: “kai o logoV sarx egeneto kai eskhnwsen en hmin kai eqeasameqa thn doxan autou doxan wV monogenouV para patroV plhrhV caritoV kai alhqeia” (João 1.14 - grego). “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (português). Aqui, o íntimo discípulo de Jesus, João, está declarando que, de fato, o LOGOS é DEUS, e que este enigmático “logos” de Heráclito se fez homem na Pessoa de Jesus Cristo. Na eternidade a nomenclatura da Santa Trindade é: O Pai, A Palavra e o Espírito (1 Jo 5:7), mas aqui, no tempo e no espaço-matéria, se tornou: O Pai, O Filho e O Espírito Santo (Mt 28:19; 2 Co 13:13).
Esta é parte crucial do Mistério da Piedade, a Encarnação do Verbo, Deus feito homem. JESUS CRISTO.

2.     JUSTIFICADO EM ESPÍRITO

A maior manifestação da piedade divina foi a obra da JUSTIFICAÇÃO. Em termos legais, o homem estava irreversivelmente condenado ao inferno, pois em Adão, todos pecaram; cada homem e mulher na face da terra nascem sob a maldição do Pecado (Rm 3:23; 5:12-14; 6:23a). Deus então, através da obra de Jesus Cristo na cruz, decidi não nos imputar Pecado, ou seja, Ele absolve todo aquele que crê e vive para Jesus Cristo. Somos justificados quando simplesmente cremos em Jesus (Rm 5:1).
Mas a maior manifestação da piedade de Deus, não reside no fato de termos sido justificados, mas na necessidade de justificar Jesus. Sim, em 1 Timóteo 3:16 a Bíblia diz que Jesus foi justificado em espírito. Mas porque o único Homem integralmente justo que já nasceu, precisaria ser justificado? Eis o mistério da piedade: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Co 5:21). O que significa isso? Deus “transferiu” toda a perfeita justiça de Jesus Cristo para nossa conta, e revelou sua piedade “transferindo” toda injustiça de cada homem pecador para a conta de Jesus Cristo. Assim, Jesus foi feito pecador na cruz e precisou ser justificado no espírito. A morte por um momento teve legalidade (Rm 6:23a) “aprisionou” Jesus por causa do Pecado, o que fica evidenciado pelas palavras do apóstolo Pedro: “Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.” (Atos 2:24). Jesus também, por causa do Pecado, esteve, por um momento, sujeito ao inferno. Pelo que diz também Pedro em seu sermão, fazendo menção às palavras do Salmo 16:10: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção.” (Atos 2:27). Note que o termo: “não deixarás minha alma no inferno”, faz uma alusão a que Jesus foi submetido ao inferno, mas que não foi deixado lá, pois em sua alma/espírito foi justificado, para por sua ressurreição nos justificar: “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.” (Romanos 4:25). Jesus morreu e recebeu condenação no seu corpo (1 Pe 2:24), mas o seu espírito foi vivificado (1 Pe 3:18); uma ressurreição perfeita e irreversível! Isto é o Mistério da Piedade.

3.     VISTO DOS ANJOS

Não sabemos ao certo que classes de anjos tinham acesso à Santa Trindade na eternidade, mas o Homem Jesus jamais foi visto no céu, pois Ele preexistia, como já dissemos, como “A PALAVRA”. Na verdade, podemos entender que Jesus Cristo e sua Obra redentora estavam ocultos ao extraordinário conhecimento dos sábios anjos, e somente foi revelado através do ministério da Igreja. “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.
(Efésios 3:10)
Parte deste “Mistério da Piedade”, é que Jesus Cristo foi VISTO DOS ANJOS. Sim, mas quando isto aconteceu?
Jesus Cristo foi visto pelos anjos após ser manifestado na carne e justificado em espírito, ou seja, quando o Senhor concluiu sua obra no mundo inferior (Efésios 4:8-10; 1 Pedro 3:19), Ele subiu ao céu dos céus com o sangue da perfeita expiação para oferecer diante de Deus Pai no verdadeiro Tabernáculo (Hebreus 8:1-2; 9:11-14). Foi neste momento, no céu, ainda um pouco antes de sua ressurreição ao terceiro dia, que Jesus entrou triunfantemente no Tabernáculo celestial e foi visto pelos anjos. E pela primeira vez, carne e sangue entram no Santo Monte de Deus, o lugar mais restrito do universo (Salmos 24:3-5). De forma poética e profética, o salmista narra a experiência dos anjos em ver JESUS CRISTO: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória.” (Salmos 24:7-10).

4.     CRIDO NO MUNDO

Para que o Mistério da Piedade se fizesse revelado, era necessário que Deus concedesse ao homem um poderoso elemento de iluminação: A FÉ. Após sua ressurreição a mensagem do Evangelho estava completa (ENCARNAÇÃO, EXPIAÇÃO, RESSURREIÇÃO e GLORIFICAÇÃO), e agora, o mundo teria Alguém e algo completo para crer e ter desvendado o grande mistério. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). O Mistério da Piedade é Salvação de todo ser humano que crê, judeu ou gentio. “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto. (Efésios 2:14-17). Os anjos não precisam de fé, pois eles vêem o invisível, mas a fé é um produto gerado especificamente para homem, que não tem acesso pleno ao invisível (Hebreus 11:1). Os incrédulos estão em estado de total cegueira espiritual (2 Coríntios 4:3-4) e condenados (Marcos 16:16) sem a mensagem do Evangelho. O mundo só pode conhecer o Mistério da Piedade através da pregação do Evangelho. “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” (Romanos 10:13-15). Por causa da pregação JESUS FOI CRIDO NO MUNDO, tornando o cristianismo o maior grupo religioso do planeta.  

5.     RECEBIDO ACIMA NA GLÓRIA

Após sua ressurreição Jesus esteve aqui ainda quarenta dias com cerca de quinhentos discípulos “recapitulando” os ensinos do Reino de Deus (1 Coríntios 15:3-8). Depois disso, começou sua ascensão: “Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera... E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.” (Atos 1:1-2, 9).
Jesus subiu de volta ao Pai para completar O MISTÉRIO DA PIEDADE, pois agora, Ele seria o Nosso Eterno Sumo Sacerdote (Hebreus 4:15), e seu Nome foi elevado sobre todo nome no céu, na terra e debaixo da terra (Filipenses 2:9-11).
Jesus não somente foi recebido no céu, Ele foi recebido NA GLÓRIA. Ele foi recebido com O REI DOS REIS e se assentou no Trono da Majestade à Direita de Deus Pai (Marcos 16: 19; Hebreus 1:3; 8:1). O MISTÉRIO DA PIEDADE está completo. Aleluia!

CONCLUSÃO

É assim que começa a “saga da piedade Divina”. Com uma trajetória que se tornou mensagem e estilo de vida. O Verbo que se fez carne, que foi justificado em espírito, que foi visto pelos anjos, que foi crido no mundo e que foi recebido em cima, na Glória. Agora, cônscios desta mensagem, podemos viver a plenitude desta piedade de Deus em nós. Não é mais um mistério, pois... 
...coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.” (1 Coríntios 2:9-12).


Por Enéas Ribeiro